A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, sugeriu, numa entrevista à estação de televisão americana ABC News, este domingo, que poderia haver “consequências” para Israel se avançar com a invasão de Rafah.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse no início deste mês que aprovou um plano para invadir Rafah.
O anúncio levou o presidente americano, Joe Biden, a transmitir o que a Casa Branca chamou de “preocupações profundas” sobre a segurança dos muitos civis abrigados na cidade.
Pensa-se que a cidade, na fronteira sul de Gaza com o Egipto, tenha actualmente cerca de 1,4 milhões de pessoas.
De acordo com a ONU, muitos palestinos fugiram de outras partes do território para lá em meio à guerra em curso, desencadeada pelo ataque terrorista do Hamas em 7 de outubro.
“Deixe-me dizer uma coisa: estudei os mapas. Não há lugar para essas pessoas irem”, disse Harris na mesma entrevista.
Netanyahu já afirmou que não é possível "derrotar o Hamas sem entrar em Rafah e eliminar os batalhões restantes".
As forças israelitas também insistem que conseguem retirar os civis dos campos de batalha e direcioná-los para “ilhas humanitárias”, mas os EUA criticaram duramente a possibilidade de uma incursão de grande escala.
Desde o início da guerra já morreram 32.226 pessoas no enclave palestiniano, segundo os últimos dados do Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas.