Uma vaga de homicídios está a alarmar os cristãos coptas que vivem na região do Sinai, no Norte do Egipto, levando milhares a fugir das suas casas.
Um homem e a sua filha foram brutalmente assassinados ontem na vila de al-Arish, tornando-se a sexta e sétima vítimas mortais nas últimas semanas.
Kamel Youssef estava em casa quando militantes entraram e abateram-no a tiro, diante da mulher e filhos. Segundo um polícia, a sua filha foi raptada e esfaqueada, o seu corpo foi abandonado à beira da estrada.
Este ataque não foi reivindicado mas assassinatos anteriores foram da autoria do Estado Islâmico na Península do Sinai, uma região do Egipto onde existe muita actividade jihadista.
Dos sete cristãos assassinados, alguns foram mortos a tiro em casa, outros nos seus locais de trabalho ou na rua e em pelo menos um caso o filho de uma das vítimas foi queimado vivo pelos homicidas.
O mais recente assassinato causou o pânico entre a comunidade cristã local, com milhares de pessoas a fugir das suas casas, algumas das quais depois de terem recebido ameaças por telemóvel.
Em declarações à Associated Press, um padre que preferiu não ser identificado pelo nome, afirmou: “Sentimo-nos como se tudo isto tivesse por objectivo obrigar-nos a fugir das nossas casas. Tornámo-nos como que refugiados”.
Os cristãos do Egipto, conhecidos como coptas, compõem cerca de 10% da população e formam a maior comunidade cristã de todos os países do Médio Oriente. Ao longo dos anos têm-se queixado frequentemente de discriminação e de perseguição.
Em Dezembro um atentado suicida no Cairo, em plena igreja, matou cerca de 30 cristãos, na maioria mulheres.