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O pedido de ajuda internacional para o combate à Covid-19 em Portugal já está a ser articulado de forma informal por vários ministérios do Governo de António Costa.
Em declarações à Renascença, o secretário de Estado adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, explica que o Governo está a preparar-se para vários cenários.
Em cima da mesa está a possibilidade de pedir ajuda a outros países da União Europeia, mas Lacerda Sales refere que nesta altura o país está ainda a esgotar a capacidade interna.
“Formalmente, estamos ainda a utilizar o nosso limite e capacidade de expansão. Sei que há contactos informais entre ministérios no sentido de fazermos planeamento e prepararmos cenários. Neste momento, estamos a planear e preparar cenários para responder às necessidades dos portugueses da melhor forma”, afirma o secretário de Estado adjunto e da Saúde.
A possibilidade de Portugal pedir ajuda internacional foi admitida esta semana pela ministra da Saúde, Marta Temido, numa altura em que o país atravessa a fase mais grave desde o início da pandemia.
Fonte da Defesa disse esta quarta-feira, à agência Lusa, que os governos português e alemão estão a avaliar a possibilidade de transferência para a Alemanha de alguns doentes não-covid que precisem de cuidados intensivos, a fim de libertar camas.
De acordo com a mesma fonte, o apoio que a Alemanha poderá vir a fornecer a Portugal no quadro da atual pandemia não deverá passar pelos recursos humanos, que é o aspeto essencial de que precisa o sistema de saúde português para fazer face à atual situação da pandemia.
Portugal regista esta quarta-feira um novo máximo de 293 mortes por Covid-19, avança o boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS). O recorde anterior era de ontem, com 291 óbitos.
O número de novos casos do novo coronavírus é de 15.073 no espaço de 24 horas. É o pior dia de sempre no que diz respeito a infeções.
Nos hospitais estão internadas 6.603 pessoas, mais 131 em relação ao balanço de ontem. Em unidades de cuidados intensivos estão 783 doentes, uma subida de 18 no espaço de um dia.
O elevado número de mortes registados nas últimas semanas está a provocar demoras nos funerais que, em alguns casos, chegam a ultrapassar sete dias.
Em algumas localidades do país já se está a demorar mais de uma semana entre a morte e o funeral das vítimas da Covid-19, e há regiões a transferir mortos por falta de capacidade dos crematórios. A situação é avança à Renascença pela Associação Nacional de Empresas Lutuosas, através do presidente Carlos Almeida.
O Governo português decidiu, entretanto, suspender os voos de e para o Brasil a partir das 00h00 de sexta-feira, anunciou o Ministério da Administração Interna (MAI).
A medida é justificada com a "evolução da situação epidemiológica a nível mundial, o aumento dos casos de infeção por SARS-CoV-2 em Portugal e a deteção de novas estirpes do vírus".