O processo da Operação Marquês foi esta sexta-feira distribuído à juíza Margarida Alves, avança a RTP.
Margarida Alves será a juíza do caso que envolve o antigo primeiro-ministro José Sócrates e o empresário Carlos Santos Silva, ditou o sorteio realizado esta sexta-feira.
A magistrada também é a titular do julgamento de Rui Pinto, o alegado pirata informático e criador do site Football Leaks.
Fonte judicial contactada pela agência Lusa adianta que Vítor Pinto foi o procurador designado para representar o Ministério Público neste julgamento.
Vítor Pinto é também o procurador nos julgamentos, em separado da Operação Marquês, quer do ex-presidente do Banco Espírito Santo Ricardo Salgado quer do antigo ministro e ex-administrador da Caixa Geral de Depósitos, Armando Vara.
A notícia é conhecida dias depois de o juiz de instrução do processo Operação Marquês, Ivo Rosa, rejeitar os pedidos de nulidade do Ministério Público e dos advogados do ex-primeiro-ministro José Sócrates e do empresário Carlos Santos Silva, ordenando o envio dos autos do processo para julgamento.
A defesa de José Sócrates anunciou, entretanto, que vai apresentar uma reclamação junto do Tribunal Constitucional a pedir a suspensão da decisão do juiz Ivo Rosa.
Na decisão instrutória do processo Operação Marquês, Ivo Rosa decidiu que Sócrates vai a julgamento por três crimes de branqueamento de capitais e outros três de falsificação de documentos, os mesmos pelos quais o seu amigo e empresário Carlos Santos Silva está pronunciado.
O juiz de instrução deu como provado que o empresário corrompeu o antigo chefe de Governo, configurando um crime [de corrupção ativa sem demonstração de ato concreto] que considerou estar prescrito.
Dos 28 arguidos foram pronunciados além de Sócrates e Carlos Santos Silva, o ex-presidente do BES Ricardo Salgado, por três crimes de abuso de confiança, o antigo ministro Armando Vara por lavagem de dinheiro e o ex-motorista de Sócrates João Perna por posse ilegal de arma.
[notícia atualizada às 16h46]