O economista João Cerejeira considera "uma boa medida" o fim das cativações no próximo Orçamento do Estado.
A reação surge, depois de Fernando Medina teranunciado, na terça-feira, em declarações à RTP, que o orçamento do próximo ano será o primeiro - em vários anos - em que as Finanças passam a ter menos poder para controlar os gastos de outros ministérios.
À Renascença, João Cerejeira diz que "responsabilizar mais os diretores de serviço" é positivo para país e significa "uma viragem completa, porque o que se tem verificado nos últimos anos é que o aumento das cativações tem vindo a aumentar".
O economista acredita que a decisão pode atenuar a contestação ao Governo e dá um exemplo: "Há domínios, como no caso da saúde, em que as cativações são terríveis. Basta imaginar uma situação em que é preciso um médico de forma urgente. É preciso uma autorização do Ministério das Finanças, isto leva a que muitas vezes não se contrate a pessoa e o serviço não funcione."
O fim das cativações "quer, na prática, dizer que os serviços vão ter um bocadinho mais de liberdade para executarem o orçamento que está atribuído".
Para além desta decisão, Fernando Medina dá ainda como certa uma descida no IRS para 2024 e confirma que a isenção de IVA para alguns alimentos essenciais será prolongada até ao final deste ano.