O CDS-PP anunciou esta terça-feira que vai propor, no parlamento, a criação de uma comissão de inquérito sobre o furto de armas dos paióis de Tancos, em junho de 2017.
O líder parlamentar do CDS-PP, Nuno Magalhães, justificou a proposta com a necessidade de apurar "responsabilidades políticas" neste caso, em que acusou o Governo de "omissões e contradições", numa conferência de imprensa, na Assembleia da República.
A proposta dos centristas surge depois de a Polícia Judiciária ter detido hoje militares da Polícia Judiciária Militar e da Guarda Nacional Republicana e um outro suspeito e realizado buscas em vários locais nas zonas da Grande Lisboa, Algarve, Porto e Santarém, âmbito do caso do furto de armas em Tancos.
Para Nuno Magalhães, é "claro e notório" que, "em 13 meses existiram responsabilidades, omissões da parte do governo, que são inadmissíveis" e que "geram insegurança e afetam o núcleo essencial do Estado".
O líder parlamentar democrata-cristão afirmou que ainda não falou com os restantes partidos sobre a proposta de inquérito e que apresentará o texto com os fundamentos "brevemente", provavelmente no prazo de 48 horas.