Ainda não será nos próximos 15 dias, mas o ministro do Ensino Superior, Manuel Heitor, defende que o regresso às aulas presenciais deve acontecer logo que seja possível.
Em declarações à Renascença, Manuel Heitor diz que o contacto entre estudantes e professores é “insubstituível”.
“Esperemos que sejam retomadas logo que possível. Temos que estar muito atentos, esta é uma evolução que de 15 em 15 dias vai evoluindo, mas estou certo que poderão vir a ser retomadas como está a ser enquadrado noutros países”, afirma o governante.
“Nada substitui o ensino presencial e temos de estar atentos para, na primeira oportunidade, poder retomar o ensino presencial, porque sabemos que é particularmente crítico e importante. E se foi importante fechar, é importante agora, logo que possível, abrirmos e garantirmos a presença e o contacto entre estudantes, entre estudantes e investigadores, com os docentes e com a sociedade de uma forma geral”, sublinha.
Sobre os receios manifestados pela reitora da Universidade Católica, quanto às possíveis fraudes nas avaliações num contexto de aulas online, o ministro Manuel Heitor considera que é possível contornar essas dificuldades.
“Temos todos que nos adaptar a esta situação a esta nova situação e acreditarmos nos outros. Estou certo que as instituições têm a capacidade necessário para avaliar os seus estudantes e questões de existência ou não de fraude sempre foram resolvidas pelas comunidades académicas, e acho que temos que acreditar que isso se resolve. Isso não pode ser um entrave, mas um estímulo à adoção de novos sistemas e de uma relação de confiança, que não podia deixar de ser outra, entre estudantes, docentes e instituições académicas.”
Grande laboratório "é um passo importante"
Esta quinta-feira, foi aprovado o grande laboratório de investigação clínica em Portugal, que vai juntar mais de 220 investigadores doutorados e 120 estudantes de doutoramento.
Ciências cardiovasculares, cancro, doenças inflamatórias e degenerativas ou saúde comunitária são algumas das suas linhas de investigação.
Em declarações à Renascença, o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior considera que “este é um passo importante para as instituições portuguesas participarem mais e melhor nas principais redes europeias no combate às pandemias”.
“O reforço na área da investigação de translação e clínica, com dois novos laboratórios, inclui a participação ativa nessas redes europeias, onde certamente aparecerão novos medicamentos, terapêuticas e, porventura, novas vacinas”, destaca Manuel Heitor.