Pedro Nuno Santos aponta que, sem Chega, Esquerda deve ter maioria no Parlamento
15-02-2024 - 12:04
 • João Malheiro

Questionado sobre o seu legado enquanto ministro, Pedro Nuno Santos garante que continua a ser o mesmo governante que "faz obra, apresenta resultados, deixa empresas que tutelou a dar lucro" e que tem a capacidade de "concretizar e fazer".

Pedro Nuno refere que, se Montenegro não contar com o Chega, então todas as sondagens dizem que a Esquerda será maior que a soma de Aliança Democrática (AD) com a Iniciativa Liberal.

Em declarações aos jornalistas, esta quinta-feira, o secretário-geral do PS voltou a criticar "contradições" entre Luís Montenegro, que rejeita um acordo com o Chega, e André Ventura, que quer promover uma convergência com a AD.

"Connosco há estabilidade e progresso. Com a direita há bagunça", diz o socialista que volta a lembrar a garantia que Ventura alega ter recebido que iria haver coligação à Direita, com ou sem Montenegro. "Continuamos sem saber de onde veio essa garantia. É importante que dissesse porque há uma contradição entre Montenegro e Chega", reitera.

Questionado sobre o seu legado enquanto ministro, Pedro Nuno Santos garante que continua a ser o mesmo governante que "faz obra, apresenta resultados, deixa empresas que tutelou a dar lucro" e que tem a capacidade de "concretizar e fazer".

O secretário-geral do PS rejeita, ainda, uma ideia de moderação, afirmando que "não há nenhuma mudança".

Já sobre a decisão do juiz de instrução no âmbito da megaoperação na Madeira, em que os três suspeitos detidos durante 21 dias acabaram por sair em liberdade sem qualquer indício de crime, Pedro Nuno Santos diz-se "preocupado", mas não quer comentar casos concretos.

"Não quero com isso dizer que não me suscita preocupação que haja cidadãos detidos por 21 dias. Claro que suscita e é óbvio que temos de perceber o que é que não corre bem para que situações destas não aconteçam. Há dois princípios basilares que não devemos perder de vista: A presunção de inocência e a independência do poder judicial", defende.