A cirurgia de revascularização a que Iker Casillas foi submetido não é compatível com a alta competição. É o que defende Juan António Corbalán, ex-médico da seleção espanhola de basquetebol e antigo atleta profissional.
“Poderá fazer uma vida perfeitamente normal, mas não praticará desporto profissional”, antecipa o médico. “Não se pode jogar futebol com um “ stent coronário”, muito menos um guarda-redes”, afirma.
Uma opinião que contraria a previsão do responsável clínico do FC Porto, Nélson Puga, que admite que Casillas poderá voltar à baliza na próxima época.
Iker Casillas sofreu um enfarte agudo do miocárdio, esta quarta-feira, durante o treino matinal do FC Porto, e foi internado de urgência no Hospital CUF, no Porto. O guarda-redes de 37 anos está fora de perigo.
“Quando há um enfarte no miocárdio numa pessoa tão jovem, a primeira coisa que pensamos é que poder ter alguma anomalia congénita das artérias coronárias. Ou seja, que já havia, como se diz, um defeito de fábrica, que esteve latente durante muito tempo e que numa determinada situação se fez sentir”, acrescenta Juan António Corbalán, em entrevista à televisão espanhola TVE.
Casillas ainda tem mais um ano de contrato com o FC Porto, mas poderá ter de antecipar o fim da carreira.