O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, diz que a falta de medicamentos nas farmácia é pontual e decorre de problemas da indústria.
"Continuamos a ter pontualmente situações de dificuldade de abastecimento de um ou outro fármaco, e em geral, estão relacionadas com problemas da própria indústria", disse Manuel Pizarro, esta quarta-feira.
O bastonário da Ordem dos Farmacêuticosavançou, em declarações à Renascença, que a falta de medicamentos em Portugal tenderá a aumentar e que para colmatar a escassez de fármacos têm sido prescritos genéricos ou outros medicamentos de substituição, ainda que com substâncias diferentes.
À margem do Congresso da Distribuição Farmacêutica, que decorre em Oeiras, Manuel Pizarro garantiu ainda que no Orçamento para 2024 não consta nenhuma medida com vista à redução da comparticipação de medicamentos.
"Não vai haver nenhuma medida de redução das comparticipações. Fala-se, isso sim, do controle da despesa pública. Isso será exercido de muitas formas, mas não à custa dos utentes"
Manuel Pizarro reconhece, contudo, que há que controlar o crescimento da despesa com medicamentos.
"Reconhecemos que algumas áreas da despesa ma saúde têm crescido bastante acima do que é aceitável. E há que controlar o crescimento dessa despesa."
Em 2022, segundo o Ministro, a despesa do estado com medicamentos foi de 3,5 mil milhões de euros, o equivalente a 25 por cento de despesa pública com saúde.