O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) venezuelano decidiu que Leopoldo López, do partido Vontade Popular, vai passar a prisão domiciliária por motivos de saúde.
Num comunicado, o tribunal explica que a decisão foi tomada pelo presidente do STJ, Maikel Moreno, que considerou "ajustado ao direito outorgar una medida humanitária"·
López, líder da oposição venezuelana, foi condenado a quase 14 anos de prisão, acusado de incitar a violência que se gerou após uma marcha antigovernamental em Fevereiro de 2014, um acto que deu início a uma onda de protestos que causou 43 mortos e centenas de feridos.
Depois da sentença, Franklin Nieves, um dos promotores do Ministério Público que acusaram Leopoldo López, fugiu da Venezuela, afirmando ter sido alvo de pressões para fazer acusações falsas que o forçaram a sair do país.
Já fora da cadeia, Leopoldo López apelou aos venezuelanos que prossigam com a "resistência" nas ruas.
"Reitero-vos o meu compromisso de lutar até conquistar a liberdade, povo da Venezuela. Este avanço, este passo permite uma maior convicção, e nesse sentido reiteramos, [passados] 100 dias de resistência, regressemos à rua para lutar", afirmou López numa carta, lida pelo dirigente do seu partido (Vontade Popular) Freddy Guevara, perante apoiantes que se concentravam no exterior da casa do dirigente da oposição.
López surgiu empunhando uma bandeira da Venezuela, que beijou e agitou, entre aplausos dos simpatizantes que se encontravam no lugar, e gritava: "Força e fé".