Um alto funcionário do Hamas disse, esta quarta-feira, que Israel recusou a mais recente proposta de cessar-fogo em Gaza.
"Na terça-feira à noite, os nossos irmãos, os mediadores, informaram-nos da posição da ocupação sobre a proposta. É uma resposta negativa em geral e não responde às exigências", disse Osama Hamdan em conferência de imprensa.
Hamdan acusou o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e o seu governo de serem responsáveis pelo fracasso da negociação da libertação de reféns em troca de prisioneiros palestinianos e pelo fim dos combates em Gaza.
As conversações para um cessar-fogo foram retomadas esta semana no Qatar, mas semanas de negociações não conseguiram, até agora, chegar a um acordo entre Israel e o Hamas.
No domingo, Netanyahu já tinha assegurado que a pressão internacional não vai impedir Israel de avançar com a ofensiva em Rafah.
Já na terça-feira, o primeiro-ministro israelita rejeitou o apelo do Presidente norte-americano, Joe Biden, para cancelar o ataque terrestre a Rafah, que tem sido o refúgio de mais de um milhão de pessoas deslocadas em Gaza.
Netanyahu disse que deixou "extremamente claro" ao Presidente dos EUA que estão "determinados a completar a eliminação destes batalhões em Rafah, e não há nenhuma maneira de o fazer, exceto indo para o terreno".
No final da tarde de terça-feira, um ataque aéreo israelita matou 30 pessoas. O Hamas denunciou o ataque aos grupos que protegiam os camiões de ajuda humanitária como um esforço para "espalhar o caos e a anarquia da segurança".
No campo de refugiados de Nuseirat, no centro de Gaza, um ataque aéreo israelita contra um edifício residencial de três andares matou pelo menos 15 pessoas, algumas das quais estariam presas sob os escombros, segundo as autoridades sanitárias palestinianas.