O secretário-geral comunista reconhece haver passos positivos na proposta de Orçamento do Estado para 2019, que o PCP vai viabilizar, mas exigirá a introdução de alterações na discussão na especialidade.
"Se há passos positivos nesta proposta de Orçamento [do Estado], também não se pode iludir um conjunto de medidas que o Governo se recusa a adotar pelas opções políticas e orçamentais que assume", afirmou Jerónimo de Sousa, que quer "consideradas propostas" aquando da discussão na especialidade.
Num jantar comício em Alcobaça, distrito de Leiria, o líder do PCP explicou que, entre as propostas, estão "novos avanços no plano do IRS", como o "aumento do mínimo de existência e o alargamento do número de escalões" a par com o aumento da "taxação do grande capital, seja do património imobiliário de elevado valor, seja por via de novos passos da derrama estadual".
O PCP vai defender, ainda, o "alargamento do abono de família, das prestações para a deficiência" e pelo "reforço dos regimes de proteção social de profissões de desgaste rápido, como os mineiros".
"A redução dos custos da energia elétrica" é, igualmente, outra das batalhas do PCP que pretende alcançar uma expressiva "redução da fatura energética das famílias e empresas", referiu Jerónimo de Sousa.
É com o objetivo de "assegurar estes e outros novos passos que deem expressão e resposta a legítimas expectativas dos portugueses" que o PCP intervirá para que, "na especialidade, se introduzam ainda alterações que ultrapassem o caráter limitado de muitas opções da proposta de Orçamento", afirmou o secretário-geral do PCP perante mais de 400 simpatizantes e militantes.