Partem com elevada expectativa e também com algum peso nas mochilas. Os jovens dos Açores vão ficar alojados numa paróquia do Seixal e já se preparam para a maior festa da juventude, que arranca dentro de poucos dias.
À Renascença, Xana Araújo, da ilha de s. Miguel, diz que é preciso levar tudo o que é essencial, onde se inclui a alimentação.
“É levar tudo o que é preciso: sacos-cama, colchonetes, as t-shirts da JMJ, os sneks para não passar fome, porque aqui avança muito calor e precisamos de alguma coisa, e depois, é os outros produtos…”.
A jovem não teme o peso da mochila: “Se é muito pesado, depois passa! Isso é assim."
Já Joaquim Evangelho, do Pico, confessa que ainda não pensou no assunto, mas uma coisa já decidiu: às costas só vai levar o essencial.
“Não pensei muito nisso. Sei que eles mandam os kits. Tenho que levar roupa, mas, graças à subida ao Pico já percebi que é melhor só levar o essencial, porque, senão, vai pesar muito, e com o sol que há lá é muito perigoso.”
“Tem que se levar o essencial”, reforça.
Também Daniel Ernesto, de S. Miguel, não pensou no que vai levar na mochila. Primeiro quer saber com o que vai contar no kit do peregrino que vai receber.
“Ainda não pensei nisso. Basicamente, roupa. Eles mandam uns kits, eu quero saber o que tem o kit e, pronto, e aventurar-se por ali afora”, diz.
O jovem recorda a subida que fez ao Pico, com mais de 100 jovens, contando que na mochila só levou o essencial e, “mesmo assim, foi muito pesado”.
“Tentações associadas a peso a mais, não vale a pena”, avisa.
Já no plano das expectativas, estes jovens apontam alto: querem viver a festa com jovens de todo o mundo e crescer na fé.
A Xana espera “conhecer muitas pessoas”.
“Quero ter um encontro com pessoas que eu não conheço e que partilham quase as mesmas coisas que eu e seguem quase o mesmo caminho que eu. Quero encontrar, quero partilhar experiências e quero conversar. Claro que eu também quero estar nos momentos espirituais, mas quero sair de lá melhor do que aquilo que já sou hoje”, conta.
“Quero estar com jovens de todo o mundo. Estou ansioso por isso. Nunca vi o Papa ao vivo. Vai ser uma experiência única também, porque, em princípio vai ser difícil voltar a vê-lo. Vão ser jovens de todo o mundo e, realmente, vai ser um bom momento para estarmos em comunhão uns com os outros”, aponta Joaquim Evangelho.
Por sua vez, Daniel Ernesto espera “fazer a festa com jovens de todo o mundo e com o Papa”.
Dos Açores partem para a JMJ mais de 900 jovens. Serão outras tantas mochilas a preparar, para que nada falte em Lisboa.