Kellyanne Conway, conselheira do Presidente dos Estados Unidos e ex-chefe de campanha de Donald Trump, justificou a decisão da nova administração norte-americana de impedir a entrada no país de pessoas de sete países muçulmanos com um “massacre de Bowling Green”, que nunca existiu.
Entrevistada no programa “Hardball”, da MSNBC, Kellyanne Conway falou neste “massacre”, alegadamente levado a cabo por dois iraquianos, para justificar a decisão de Trump com uma tomada por Barack Obama em 2011.
“Aposto que é uma novidade para as pessoas que o Presidente Obama decretou uma proibição de seis meses para os refugiados do Iraque depois de dois iraquianos terem vindo para o nosso país, terem sido radicalizados e terem estados por trás do massacre de Bowling Green. A maioria das pessoas não sabe disso, porque não foi noticiado”, disse Conway.
No entanto, o jornal “The Guardian” conta que o que aconteceu foi que Mohanad Hammadi e Waad Alwan foram julgados e condenados pela tentativa de enviar armas e dinheiro para a Al-Qaeda no Iraque. E foi na sequência desse processo, continua o jornal, que Barack Obama decretou alterações à política de acolhimento de refugiados iraquianos.
Esta já não é a primeira polémica que envolve Kellyanne Conway. Uma das principais assessoras de Trump defende a teoria dos “factos alternativos”, como forma de defender as posições da administração, mesmo quando a realidade mostra o contrário.