Os portugueses dizem-se mais afetados pelas consequências económicas da guerra na Ucrânia do que a média da União Europeia (UE). A conclusão é do Eurobarómetro especial do Parlamento Europeu.
Portugal é mesmo o segundo país no ranking que sente mais as consequências do conflito a Leste, sendo apenas ultrapassado pela Bulgária.
Cinquenta e sete por cento dos portugueses dizem já ter sentido os efeitos económicos da guerra. Quando se fala na generalidade dos europeus, a percentagem desce para 40%.
À questão "será mais importante defender os valores europeus ou manter o nível de vida"? Os portugueses distanciam-se dos outros países: 59% dos europeus defendem que devem ser prioritárias questões como a defesa da democracia e da liberdade, contra apenas 49% de portugueses.
Por outro lado, se a pergunta é se a manutenção dos preços e do custo de vida deve ser uma prioridade mesmo que ponha em causa os valores comuns, 45% dos portugueses concordam, contra 39% dos europeus.
Neste questionário foram entrevistados cerca de 26 mil europeus, incluindo mais de mil portugueses que tiveram ainda de identificar quais devem ser as prioridades do Parlamento Europeu.
Em primeiro lugar, 66% dos portugueses apontam a luta contra a pobreza, quando apenas 37% dos europeus identificam esta prioridade.
Em segundo lugar, 53% dos portugueses apontam a defesa da saúde pública, contra 35% dos outros europeus.
A fechar o “top 3”, 52% dos portugueses defendem o apoio à economia e à criação de emprego, contra 30% dos restantes inquiridos.