"Na próxima semana começaremos a fazê-lo aqui [no Vaticano] e marquei a minha vez. Temos de o fazer", revelou o papa numa entrevista que será difundida este sábado pelo canal televisivo Canale 5, em que Francisco considera que, entre os que se opõem à vacina, "há uma negação suicida" que não consegue explicar.
"Acredito que, do ponto de vista ético, todos devem ser vacinados. É uma escolha ética, pois o que colocamos em risco é a nossa saúde, a nossa vida, mas também a vida dos outros", explicou o papa, na entrevista.
Francisco recordou que, quando era criança, a epidemia de poliomielite deixou muitas crianças paralisadas e as pessoas estavam em desespero à espera da vacina. Quando esta surgiu, era dada com açúcar.
"Por isso, crescemos na sombra das vacinas, contra o sarampo, contra isto, contra aquilo, vacinas que davam às crianças", acrescentou Francisco.
"Não sei por que alguém diz: 'Não, a vacina é perigosa'. Se os médicos a apresentam como algo que pode ser bom, que não apresenta nenhum risco particular, por que não recebê-la?" interrogou-se o papa Francisco.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.914.057 mortos resultantes de mais de 88 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.