Com a Covid-19 a dar sinais de alívio por todo o país e já se prepara o regresso das competições de futebol sénior distrital e de formação, que deixou marcas depois de mais de um ano de total o parcial paralização.
Em declarações a Bola Branca, Manuel Ribeiro Machado, presidente da Associação de Futebol de Braga, aponta para um cenário muito diferente daquele que se verificava antes da pandemia no número de atletas inscritos.
"Na AF Braga falamos em três ou quatro mil atletas nesta retoma, que nada tem a ver com o que acontecia antes. O número normal seria 18 mil atletas na formação e mais quatro mil nos séniores", começa por dizer.
Para Manuel Ribeiro Machado, é um dado adquirido que o futebol português perdeu milhares de jogadores, principalmente na formação: "Há um problema nas idades entre juvenil e junior. Muitos vão perder-se porque não houve uma natural progressão na carreira e na sua evolução. Vai demorar alguns anos para recuperar o que era um objetivo da FPF, que seria chegar aos 300 mil federados".
O regresso às competições distritais e nacionais está por dias. Não haverá campeões, nem subidas ou descidas de divisão. No caso de Braga, Manuel Ribeiro Machado encontrou, para o torneio que aí vem, um nome significativo: "Dei-lhe o nome de torneio de esperança, que é o que temos de transmitir, dar um sinal que estamos preocupados com a sua formação desportiva e humana".
Um outro exemplo é o de Viseu. José Carlos Lopes, presidente da associação distrital de futebol está bem impressionado com a adesão dos clubes aos torneios da retoma.
"Estamos a receber ainda inscrições das equipas, mas já temos mais de 100, o que é bastante bom. Nos próximos dias deveremos fazer os sorteios para retomarmos a competição no dia 15", atira.
O importante e fundamental é competir. Os títulos podem ficar para mais tarde: "Não temos campeões, a ideia que os clubes manifestaram é fazer até 30 de junho o maior número de jogos possíveis. Queremos que os miúdos joguenm e tenham competição. A expetativa é grande", termina.