“Esperar para ver”. Esta é a atitude de Marcelo Rebelo de Sousa em relação Festa do Avante. em Monchique, o Presidente da República disse que já tinha sido informado pelo Governo que as regras para a festa comunista vão ser divulgadas esta segunda-feira.
“Vamos esperar ver o que é que dizem as regras e depois ver a sequência dos acontecimentos”, disse quando confrontado pelos jornalistas em Monchique, onde prossegue o seu roteiro pelo Algarve.
“A única informação que posso transmitir e que me foi dada pelo Governo esta manhã é a de que hoje, ao começo da tarde, divulgaria a sua posição sobre a matéria. Não sei mais nada”, acrescentou.
O chefe de Estado sublinhou que “era fundamental a divulgação do documento há mais tempo de forma a que se conhecessem atempadamente as orientações das autoridades sanitárias”, como já tinha referido no domingo, também em declarações aos jornalistas.
Marcelo, que foi ao Avante em 2015, quando era pré-candidato presidencial, mas recusa dizer se agora iria: “O Presidente da República não participa em iniciativas partidárias… acompanha-as à distância, pois são importantes, mas não participa”.Em relação aos números do desemprego jovem alertou para a dimensão da crise. “Nós sabemos que isso vai bater fundo, sobretudo, em dois tipos de família: os mais idosos, com dificuldade em reajustamento ao mercado de trabalho; e os mais jovens que tinham projetos e os veem adiados e, em muitos casos, porque como tinham empregos precários são dos primeiros a serem dispensados”.
No final da visita, o Presidente da República desloca-se também para Faro, onde vai visitar o Museu Municipal e receber a chave da cidade, antes de participar num jantar com os autarcas do Algarve, no âmbito dos contactos que Marcelo Rebelo de Sousa tem mantido com os municípios da região para acompanhar a evolução da economia depois de levantadas as restrições impostas pela pandemia de covid-19.
Também hoje, em Coimbra, o primeiro-ministro, António Costa, disse que as regras da Direção-Geral da Saúde para a Festa do Avante!, organizada pelo PCP entre 4 e 6 de setembro, vão ser conhecidas durante o dia no habitual "briefing" para dar conta da evolução da pandemia em Portugal.
Em Portugal, morreram 1.819 pessoas das 57.768 confirmadas como infetadas, de acordo com o último boletim da Direção-Geral da Saúde.
A pandemia da Covid-19 já provocou pelo menos 843 mil mortos e infetou mais de 25 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência noticiosa francesa AFP.