Agora foi a vez do presidente da Assembleia da República se pronunciar sobre altar-palco da Jornada Mundial da Juventude que vai custar 4,2 milhões de euros. Durante uma visita à sede da JMJ em Lisboa, Augusto Santos Silva não quis comentar os valores envolvidos nesta infraestrutura do evento.
“Eu não tenho funções que me permitam responder a qualquer pergunta sobre isso”, disse o presidente da Assembleia da República, que preferiu antes falar do panorama geral: “Não vejo nenhuma contestação social à realização da Jornada Mundial da Juventude”, teceu em declarações aos jornalistas esta sexta-feira.
Reconhece que a JMJ é uma “festividade religiosa”, mas acredita que “o seu significado vai muito além disso”. Santos Silva sublinha a importância do evento para a imagem do país, e garante que a Assembleia da República vai cumprir o seu papel fiscalizador.
Evitando fazer contas, mas acabando por fazê-las, Santos Silva acredita “os benefícios materiais e económicos” superam os custos. “Todas as análises de custo-benefício que eu conheço mostram o enorme benefício que Portugal vai ter”, defende o antigo ministro dos Negócios Estrangeiros, do anterior Governo de António Costa.
Santos Silva diz não querer “reduzir” a discussão aos benefícios da Jornada Mundial da Juventude, e considera que “não há outro sentimento na população portuguesa, que não a alegria de acolher” o evento.