O fundo norte-americano Lone Star revelou, esta segunda-feira, que, caso venha a comprar o Novo Banco, manterá a política comercial deste no apoio às empresas e António Ramalho como presidente.
“O plano estratégico do Lone Star para o Novo Banco inclui a manutenção do foco central da sua actividade no atendimento da sua base de clientes em Portugal, com particular destaque para o segmento empresarial. O projecto prevê um trabalho muito próximo com a atual equipa de gestão, contando com a liderança do seu presidente executivo, António Ramalho, cujo conhecimento da instituição é fundamental para sua revitalização”, lê-se na nota enviada à imprensa assinada pelo presidente do Lone Star para a Europa, Olivier Brahin.
O Banco de Portugal anunciou, hoje de manhã, ter seleccionado o fundo norte-americano para uma “fase definitiva de negociações, em condições de exclusividade”, no processo de venda da participação do Fundo de Resolução no Novo Banco, e já à tarde o Lone Star confirmou estar empenhado em chegar a “acordo final” com o Banco de Portugal “para apoiar o Novo Banco beneficiando, no longo prazo, os seus clientes, colaboradores, credores e a economia portuguesa em geral”.
O Lone Star diz que nos últimos meses levou a cabo uma “análise aprofundada” e que sabe da “importância do Novo Banco para o futuro da economia portuguesa” e afirma que é “com expectativa” que aguarda trabalhar “com a equipa de António Ramalho e os colaboradores do Novo Banco”.
“Estamos profundamente otimistas em relação a Portugal e ao futuro da economia do país, e é, por isso, que procuramos proporcionar o capital, os recursos e os conhecimentos necessários para que o Novo Banco continue a ser um pilar forte e focado no mercado doméstico do sistema bancário português", conclui Olivier Brahin.
O Lone Star não adianta informação sobre a solução que está a ser desenhada para comprar o Novo Banco e, apesar de referir que quer fortalecer “a posição de capital do banco”, também não indica que montante poderá injectar.