Veja também:
O Banco de Portugal confirmou esta segunda-feira que a Lone Star avança sozinha para a fase definitiva das negociações de venda do Novo Banco.
Em comunicado, o regulador refere que o fundo norte-americano avança agora "em condições de exclusividade, com vista à finalização dos termos em que poderá realizar-se a venda da participação do Fundo de Resolução no Novo Banco".
O processo de venda avança, assim, com três intervenientes: Lone Star, Governo e Bruxelas.
A decisão de avançar em exclusivo com o fundo norte-americano decorre do facto de a Lone Star ter adaptado a sua proposta inicial, que implicava contragarantias do Estado português para o crédito malparado.
De acordo com os termos agora em cima da mesa, o Governo deverá ficar com uma parte do Novo Banco, que poderá, numa fase posterior, vender. Trata-se, pois, de um esquema accionista que desbloqueia a necessidade de contragarantias e que é visto com bons olhos por Bruxelas.
A Lone Star também já garantiu que irá manter António Ramalho na liderança do banco.
Eram três os finalistas à compra do Novo Banco: o fundo chinês Minsheng e os fundos norte-americanos Lone Star e Apollo/Centerbridge.
Dificuldades financeiras demonstradas pelo fundo chinês colocaram a Lone Star à frente, mas só agora foi destacada como provável comprador do banco português (processo que tem de estar concluído até dia 3 de Agosto).
A parceria Apollo/Centerbridge teve sempre um posicionamento muito discreto.
Em Janeiro, chegou a ser avançada a hipótese de o BCP e o BPI poderem voltar a entrar na corrida, mas tal não chegou a acontecer.