Covid-19: UE vai receber aumento "significativo" de vacinas nos próximos meses
01-03-2021 - 16:13
 • Lusa

A comissária da Saúde diz, também, que a Europa "está a trabalhar para maximizar a capacidade de produção das vacinas".

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As entregas de vacinas contra a covid-19 "vão aumentar significativamente nos próximos meses" na União Europeia (UE), assegura a comissária europeia da Saúde e Segurança Alimentar, Stella Kyriakides.

"As entregas de vacinas vão aumentar significativamente nos próximos meses e estamos a aguardar ainda a aprovação de uma quarta vacina pela Agência Europeia do Medicamento nas próximas semanas", disse esta segunda-feira Stella Kyriakides, referindo-se à vacina da Johnson & Johnson, cujo pedido de autorização por parte da UE foi efetuado a 16 de fevereiro.

A comissária, que falava em conferência de imprensa conjunta com a ministra da Saúde, Marta Temido, e com o vice-presidente executivo da Comissão Europeia Margaritis Schinas, após uma reunião com os ministros dos 27 Estados-membros da UE, alertou, contudo, que "a produção das vacinas deve continuar para que não haja lacunas" no processo de vacinação.

Nesse sentido, a responsável pela pasta da Saúde do executivo comunitário garantiu que "a "task force" industrial da Comissão Europeia está a trabalhar para maximizar a capacidade de produção das vacinas".


Além disso, é importante que as empresas farmacêuticas cumpram os acordos celebrados com a Comissão Europeia, vincou a comissária, apontando para a Astrazeneca, que tem vindo a registar "atrasos em relação às quantidades contratadas".

Por outro lado, Kyriakides garantiu ainda que a Comissão Europeia está "pronta, se necessário, para negociar novos acordos de aquisição de vacinas contra as novas variantes".

Isto porque, de acordo com a responsável, "a covid-19 já não é um vírus desconhecido", dado que já há "informação muito rica sobre as suas patologias". O desafio, agora, disse, está em "enfrentar as mutações do vírus".

A comissária europeia participou hoje na reunião, por videoconferência, dos ministros da Saúde dos 27 Estados-membros da UE, presidida pela ministra da Saúde, Marta Temido, no âmbito da presidência portuguesa do Conselho da UE.

Durante a reunião, que contou também com presença do vice-Presidente da Comissão Europeia Margaritis Schinas e de representantes da Agência Europeia do Medicamento (EMA) e do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC), discutiram-se as novas variantes da covid-19, bem como uma nova abordagem à testagem e os processos de vacinação nos países.

Portugal regista esta segunda-feira mais 34 mortes e 394 novos casos de Covid-19, avança a Direção-Geral da Saúde. É o número mais baixo de novas infeções desde 8 de setembro.

O secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, anunciou esta segunda-feira o alargamento de 21 para 28 dias do intervalo entre doses da vacina da Pfizer para a Covid-19.

Trata-se de uma decisão com "amplo consenso técnico da Direção-Geral da Saúde e do Infarmed e vai permitir a vacinação de mais 100 mil pessoas até ao final de março", declarou Lacerda Sales.

Na mesma conferência de imprensa, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, anunciou que os doentes com Trissomia 21 vão passar a integrar o grupo prioritários na vacinação contra a Covid-19.

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