Longas filas marcam voto antecipado em Lisboa, Porto e Coimbra
17-01-2021 - 13:11
 • Sofia Freitas Moreira , Teresa Almeida com Lusa

Lisboa é o concelho com mais inscritos, 33.364, seguido do Porto, com 13.280, e Coimbra, com 9.201, de acordo com o mapa publicado pelo Ministério da Administração Interna.

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A votação antecipada em mobilidade para as eleições presidenciais está a decorrer desde as 08h00 deste domingo. No local de voto da capital, na Reitoria da Universidade de Lisboa, as filas foam crescendo ao logo do decorrer do dia. Com um início mais calmo, de manhã, é visível a maior afluência já mais perto da hora do almoço.

Ainda assim, o tempo de espera não preocupa os eleitores, que se encontram distribuídos por regiões e por ordem alfabética dos nomes, pelas várias faculdades da universidade lisboeta.

"Sou do Algarve e estudo em Lisboa, portanto não tive outra escolha se não vir votar aqui. A fila de quem é da minha região está mesmo muito longa, tive de esperar algum tempo. Mas é bom sinal, talvez a abstenção baixe um bocadinho", disse à Renascença, Mariana Lopes, 22 anos.

Já João Viegas, de 25 anos, que estuda em Lisboa, fala de uma outra realidade. "Não tive de esperar muito tempo, estou aqui há uns 20 minutos e estou quase despachado. Acho que está tudo bastante bem organizado, mas também vim cedo". afirmou.

Lisboa é o concelho com mais inscritos, 33.364, seguido do Porto, com 13.280, e Coimbra, com 9.201, de acordo com o mapa publicado pelo Ministério da Administração Interna, em que se informa quais os locais de voto em cada um dos concelhos.

Os concelhos com menos inscritos são Porto Moniz, na Madeira, com oito inscritos, seguindo-se Nordeste, São Miguel, nos Açores, com nove, e Barrancos, distrito de Beja, com 14.

Depois da experiência de 2019, nas europeias e legislativas, o voto antecipado em mobilidade alargou-se, das capitais do distrito para as sedes dos concelhos, e o objetivo é simples: evitar grandes concentrações de pessoas devido à epidemia de covid-19 no país.

Em Lisboa, junto à Reitoria da Universidade de Lisboa, registavam-se, cerca das 11h00, grandes filas de eleitores para votar.

No Porto, uma hora e meia para votar

No Porto, o cenário não era muito diferente. Na secção de voto do Porto, na rua Alves Redol. Ao final da manhão, a fila para votar dava três voltas antes de entrar no edifício. Quem quer votar espera mais de uma hora e meia.

As pessoas que se deslocaram ao local são na sua maioria jovens, embora tamém se vejam pessoas de mais idade, mas em muito menor número.

Em Coimbra, ao redor do pavilhão Mário Mexia as longas filas foi uma imagem que se repetiu durante toda a manhã.

Quem estiver inscrito para o voto antecipado de hoje e não o fizer, pode fazê-lo no próximo domingo.

A votação antecipada em mobilidade para as eleições presidenciais está a decorrer desde as 08:00 de hoje com normalidade, sem incidentes e com boa afluência, disse à Lusa João Tiago Machado, da Comissão Nacional de Eleições (CNE).

Segundo as "informações recebidas do Ministério da Administração Interna (MAI)", acrescentou João Tiago Machado, “não há qualquer tipo de incidentes, há uma boa afluência” e as assembleias de voto nas 308 sedes do concelho abriram todas sem problemas.

Os portugueses começam a votar hoje, uma semana antes das presidenciais de 24 de janeiro, no chamado voto antecipado em mobilidade para o qual se inscreveram 246.880 eleitores, um número recorde.

Segundo as regras definidas pela Direção-Geral da Saúde para as eleições, para ir votar, seja hoje ou no próximo domingo, os eleitores terão de usar máscara e, preferencialmente, levar uma caneta, por uma questão sanitária e de higiene.

É preciso desinfetar as mãos antes de votar e depois de votar. E os membros das mesas têm de usar máscara e/ou viseira ou óculos de proteção.

É aconselhado que, enquanto se espera para votar, os eleitores respeitem a distância de segurança.

As eleições presidenciais, que se realizam em plena epidemia de covid-19 em Portugal, estão marcadas para 24 de janeiro e esta é a 10.ª vez que os portugueses são chamados a escolher o Presidente da República em democracia, desde 1976.

A campanha eleitoral termina em 22 de janeiro. Concorrem às eleições sete candidatos, Marisa Matias (apoiada pelo Bloco de Esquerda), Marcelo Rebelo de Sousa (PSD e CDS/PP) Tiago Mayan Gonçalves (Iniciativa Liberal), André Ventura (Chega), Vitorino Silva, mais conhecido por Tino de Rans, João Ferreira (PCP e PEV) e a militante do PS Ana Gomes (PAN e Livre).

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.009.991 mortos resultantes de mais de 93,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 8.709 pessoas dos 532.416 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.