O Exército vai garantir a proteção jurídica ao diretor da Polícia Judiciária Militar (PJM) detido no âmbito do caso do aparecimento das armas de Tancos.
O coronel Luís Vieira pediu o apoio das Forças Armadas para a sua defesa em tribunal e, segundo disse fonte oficial à Renascença, esse apoio foi concedido pelo chefe de Estado-Maior do Exército general Rovisco Duarte.
Vai ser um advogado, pago pelo Exército, a defender o diretor da PJ Militar. Até ao momento, o coronel foi o único a pedir este apoio.
Tal como está previsto no estatuto dos militares das Forças Armadas, a proteção jurídica pode ser atribuída, mas se o militar for considerado culpado, terá de devolver o dinheiro gasto com o advogado de defesa.
Luís Vieira foi detido na terça-feira, estando entre os oito visados por mandados de detenção emitidos na "Operação Húbris", relacionada com o caso das armas furtadas em Tancos.
Os mandados de detenção visaram outros três responsáveis da PJM, um civil e três elementos da GNR.
O alegado ladrão das armas da base é um ex-militar que terá contado com a cumplicidade da Polícia Judiciária Militar (PJM) e da GNR.
Fonte ligada à investigação referiu que este caso se prende com a encenação montada relativamente à descoberta e recuperação das armas que haviam sido furtadas em Tancos em junho do ano passado. A PJM divulgou em outubro do ano passado, através de comunicado, que tinha recuperado o material de guerra furtado.