A UE apoia firmemente a entrada da Finlândia e da Suécia na Aliança Atlântica. Durante a reunião dos ministros da Defesa dos 27, esta terça-feira em Bruxelas, os responsáveis da Finlândia e da Suécia informaram os restantes 25 homólogos sobre os procedimentos políticos em curso nos respectivos países para a adesão à NATO.
"Podem contar com o total apoio da União Europeia", disse ontem o Alto Representante para a Política Externa da UE, Josep Borrell, na conferência de imprensa, após o encontro. "Isto [a adesão] vai aumentar o número de Estados-membros que também integram a NATO. Vai reforçar e aumentar a cooperação e a segurança na Europa. Esperemos que a adesão chegue cedo". "É uma notícia importante e uma mudança geopolítica", sublinhou ainda o chefe da diplomacia europeia.
Com a entrada da Finlândia e da Suécia, aumenta o número de países membros da UE e que também integram a NATO. Nesse cenário, apenas quatro Estados-membros do bloco comunitário não integrarão a Aliança Atlântica: Áustria, Chipre, Irlanda e Malta.
À chegada para a reunião desta terça-feira, Josep Borrell foi questionado pelos jornalistas sobre as objeções da Turquia ao alargamento da Aliança Atlântica aos dois países nórdicos. "Sei que a Turquia levantou algumas objeções e espero que a NATO seja capaz de as superar, mas pela minha parte e a do Conselho existe um apoio muito forte à adesão”, respondeu.
Esse é também o entendimento da ministra da Defesa. Segundo Helena Carreiras, na reunião dos titulares da Defesa dos 27 "houve um apoio generalizado à adesão da Finlândia e da Suécia, mas também a convicção de que essas divergências com a Turquia, que a Turquia colocou, vão ser ultrapassadas”