Em pleno combate à pandemia, há muitos pacientes em situação crítica sem acesso a cuidados paliativos, porque faltam recursos humanos nesta área.
A nova presidente da Associação Portuguesa dos Cuidados Paliativos, disse à Renascença que os escassos profissionais não estão disponíveis porque muitos são chamados a reforçar as equipas Covid-19.
“Houve até serviços de paliativos que foram fechados a serem transformados em serviços Covid. Isto significativa que as poucas respostas que já existiam algumas delas deixaram de existir…quando, pelo contrário, deveriam ser reforçadas e repensadas para não faltar cuidados a ninguém”, explica Catarina Pazes.
Esta situação leva esta responsável a fazer dois pedidos ao Governo: “Que seja rapidamente nomeada a Comissão Nacional de Cuidados paliativos, para que haja uma liderança a este nível dentro do Ministério da Saúde; e que as equipas especializadas em cuidados paliativos sejam olhadas como peritos, que precisam de ser incluídos na definição estratégica para a situação da pandemia”.
Em Portugal, morreram 10.194 pessoas dos 624.469 casos de infeção confirmados, de acordo com último boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.