Governo confirma morte de português em manifestação na Venezuela
20-05-2017 - 14:45

Secretário de Estado das Comunidades, José Luís Carneiro, confirmou ainda a detenção de três luso-descendentes.

O Governo confirma a morte de um português e a detenção de três lusodescendentes na sequência de manifestações na Venezuela.

A notícia foi avançada à Renascença pelo secretário de Estado das Comunidades, José Luís Carneiro.

O cidadão português morreu durante as manifestações da passada terça-feira.

“Temos a confirmação oficial de que há três detidos com nacionalidade portuguesa, no seguimento das últimas manifestações, e também se confirma o falecimento de um português nas manifestações de segunda para terça-feira”, indica o secretário de Estado das Comunidades.

José Luís Carneiro sublinha que as autoridades portuguesas continuam “em diálogo com os serviços consulares, com a nossa embaixada e com as próprias autoridades venezuelanas”.

O secretário de Estado refere que Caracas, “nalgumas circunstâncias, tem procurado cumprir um compromisso assumido com o Governo português de procurar garantir a segurança dos portugueses, nomeadamente os que se encontram nos estabelecimentos comerciais”.

Na Venezuela vivem cerca de meio milhão de emigrantes portugueses e luso-descendentes.

Apesar da grave crise política, económica e social, a maioria diz-se disposta a permanecer no país, mas o secretário de Estado das Comunidades tem conhecimento de casos isolados de portugueses que têm abandonado a Venezuela.

“Aquilo que nós sentimos na generalidade dos portugueses com quem temos falado é de que fazem da Venezuela a sua pátria. Para eles, a Venezuela é o seu país do presente e do futuro. Há também movimentos de saída para países vizinhos, para a Colômbia, Brasil, para Espanha, Portugal, nomeadamente para a Madeira, embora a saída não possa ser considerado um fluxo em massa, estamos a falar de umas centenas de pessoas, de acordo com os dados que é possível ter. Admitimos que haja saídas sobre as quais não há condições de podermos obter esses dados com rigor”, refere José Luís Carneiro.