O coordenador da "task-force" para o plano de vacinação contra a Covid-19 defendeu nesta quarta-feira que a vacinação fora do limite de idade determinada para algumas vacinas, admitida em normas, não deve ser promovida pelas autoridades.
Gouveia e Melo, que falava na Comissão Parlamentar de Saúde, respondia a uma pergunta sobre as normas emitidas pela Direção-Geral da Saúde (DGS), que permitem que as pessoas fora do limite de idade para a vacina da Janssen (administrada a partir dos 50 anos) e da Astrazeneca (a partir dos 60 anos) possam optar por receber estas vacinas.
"Há essa possibilidade e está a ser estudada. A única preocupação que deve ser tomada em conta é o facto de não devermos promover isso. A promoção desse tipo de atitude pode mais tarde reverter para o Estado uma responsabilidade", afirmou.
Sobre esta matéria, Gouveia e Melo acrescentou ainda: "Uma coisa é as pessoas pedirem de forma voluntária e outra é nós promovermos esse mecanismo, incentivando, de alguma forma, esse tipo vacinação".
O responsável sublinhou ainda que alguns países europeus retiraram a barreira dos 50 anos para a vacina da Janssen.
Adiantou que os dados de vacinação com esta vacina ainda estão a ser recolhidos e admitiu que "podem indicar que a barreira desapareça".
"Ficaria resolvido esse problema", disse.