Laboratório de Wuhan nega qualquer responsabilidade pela pandemia de Covid-19
19-04-2020 - 18:05
 • Lusa

Maioria dos cientistas considera que o novo coronavírus terá sido transmitido ao homem por um animal, a partir de um mercado em Wuhan. Mas Trump diz que os EUA estão a conduzir as suas próprias investigações.

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O Instituto de Virologia de Wuhan desmentiu neste domingo as suspeitas dos Estados Unidos, que apontam este laboratório como fonte do novo coronavírus e de ser responsável pela pandemia de Covid-19, que já fez mais de 160 mil mortos em todo o mundo.

Depois de o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter avisado no sábado a China para as possíveis consequências se for provada a responsabilidade do país na disseminação do SARS-CoV-2, o diretor do laboratório, Yuan Zhiming, referiu, em entrevista ao canal de televisão CGTN, que as acusações foram feitas “sem provas” e “para enganar as pessoas”.

“É impossível que este vírus venha daqui”, afirmou Zhiming, citado pela agência AFP.

De acordo com a maioria dos cientistas, o novo coronavírus foi provavelmente transmitido ao homem por um animal em dezembro, associando-se a esta hipótese a existência de um mercado em Wuhan – a poucos quilómetros do Instituto de Virologia – que alegadamente vendeu animais selvagens vivos.

Os EUA são hoje o país mais atingido pela pandemia de Covid-19, registando mais de 38 mil mortos e pelo menos 732 mil casos de infeção confirmados, segundo os números apurados pela Universidade Johns Hopkins.

Na sua última conferência de imprensa diária, Trump – que garantiu que os Estados Unidos estão a conduzir as suas próprias investigações sobre a origem do novo coronavírus – defendeu que a pandemia "podia ter sido impedida antes de ter começado e não foi", considerando ainda que “agora o mundo inteiro está a sofrer por causa disso".

Ao nível global, a pandemia de Covid-19 já provocou mais de 160 mil mortos e infetou mais de 2,3 milhões de pessoas. Mais de 518 mil doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.