Varandas Fernandes, antigo vice-presidente do Benfica, aconselha Rui Costa a não vender Gonçalo Ramos neste verão.
O internacional sub-21 esteve a associado a vários clubes este verão, mas o "hat-trick" frente ao Midtjylland, na terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões, provam que o jovem avançado deve ficar no plantel.
"Aprecio muito o Gonçalo Ramos, não só pela sua formação no Benfica. É um jogador da casa e um jovem talentoso. A minha opinião é que devemos retê-los o máximo de tempo possível. Eu não o venderia, aproveitaria as suas potencialidades, que já se viram que são muitas", diz, a Bola Branca.
Varandas Fernandes entende que os três golos de vantagem garantem uma deslocação tranquila à Dinamarca. Gonçalo Ramos não foi o único a sobressair na vitória.
"Há que elogiar as exibições do David Neres e do Gonçalo Ramos, que descomplicaram o jogo. Salientar também o bom golo do Enzo Fernández. Podíamos ter feito mais dois ou três golos, mas estou otimista, vamos estar no "play-off". Penso que a vantagem de três golos é suficiente", prevê.
Objetivo é o título
O Benfica já prepara o jogo que abre o campeonato, frente ao Arouca, sexta-feira na Luz, onde Varandas Fernandes espera testemunhar uma vitória moralizadora na difícil luta pelo título.
"É a primeira jornada da liga. Queremos ganhar o título, temos de ser campeões nacionais. Vai ser um bom jogo, aguardo que Benfica consiga a primeira grande vitória", atira.
Há três anos que o Benfica não ganha qualquer troféu. O último título foi uma Supertaça no verão de 2019, frente ao Sporting.
Se esta época voltar a falhar, o Benfica corre o risco de ser superado pelo Porto em número total de títulos. Varandas Fernandes olha por um outro prisma para este cenário.
"Não vejo dessa perspetiva. Este ano temos um Benfica renovado, com força anímica e física. A equipa técnica é bastante competente, estou com muita esperança", atira.
Adversário está fora do Benfica
Varandas Fernandes deixou o Benfica em setembro de 2021 e manifestou o apoio a Rui Costa. Um ano depois, apela à união dos adeptos.
"Estive 10 anos na direção do Benfica e sempre achei que deveria haver uma união forte. É uma das condições do nosso sucesso, quer nas provas nacionais e internacionais. Isso verifica-se novamente, é de saudar. O nosso adversário não está no Benfica, está fora. Queremos ganhar e conseguir mais títulos", termina.