Numa altura em que Israel se prepara para entrar em confinamento total durante três semanas já a partir desta sexta-feira, 18 de setembro, numa tentativa de travar a segunda vaga, os líderes católicos do país pedem ao Governo israelita que conceda vistos de entrada "àqueles cuja presença na Terra Santa é uma necessidade para a vida da Igreja".
É o caso de padres, estudantes estrangeiros de instituições católicas, para os quais as fronteiras estão encerradas desde o passado mês de março.
O apelo foi feito em comunicado pela Assembleia dos Ordinários Católicos da Terra Santa que pede que "os cristãos e as suas instituições gozem dos mesmos direitos que outros no Estado de Israel".
Este pedido acontece depois dos líderes católicos terem tido conhecimento da entrada no país de "dezenas de voluntários cristãos evangélicos oriundos dos Estados Unidos para ajudarem nos colonatos judaicas da Cisjordânia".
A Assembleia dos Ordinários, que intitulou o seu comunicado "Também precisamos de vistos", denunciou que os seus pedidos por estes documentos foram rejeitados em múltiplas ocasiões desde o início da pandemia, o que "põe em perigo o trabalho das comunidades cristãs, especialmente das instituições que atendem aos mais necessitados ”.
Nesta nota, alegam que o papel dos voluntários "é essencial para o bom funcionamento de hospitais, escolas, lares de idosos, clínicas e centros comunitários administrados pela Igreja em Israel e que servem a cristãos, judeus e muçulmanos".
Recorde-se, que desde o início da pandemia em Março, o país manteve as suas fronteiras fechadas para os estrangeiros, com poucas exceções que incluem estudantes internacionais de universidades e centros de estudos talmúdicos.
A partir desta sexta-feira, Israel decretou novo confinamento que entra em vigor ao início da tarde.
Com o intuito de parar o contágio e haver uma menor mobilidade, vão fechar escolas, restaurantes e centros comerciais. Tudo o que não for essencial vai permanecer encerrado. Haverá grandes restrições na circulação das pessoas.
Este novo confinamento vai prolongar-se até 9 de Outubro e irá coincidir com as festas judaicas. São três celebrações religiosas muito importantes para os judeus: o Rosh Hashaná (Ano Novo judeu), Yom Kipur (Dia do Perdão) e o Sucot (os Tabernáculos).
Para o primeiro-ministro israelita, "estas medidas têm um custo muito alto para todos nós. Mas só se cumprirmos as regras, e confio que o faremos, derrotaremos o vírus", reconhece Benjamim Netanyahu.