O salário médio em Portugal aumentou no terceiro trimestre deste ano mas, em termos reais e tendo em conta o peso da inflação, os portugueses recebem no final do mês menos 58 euros do que recebiam há um ano.
Segundo o INE, a remuneração bruta total mensal média por trabalhador subiu 4% entre julho e setembro, para os 1.353 euros. Trata-se de um aumento de 51 euros em relação ao mesmo período de 2021, que não se reflete na carteira dos portugueses.
Isto porque, em termos reais e tendo como referência a variação do Índice de Preços do Consumidor, a remuneração bruta total média diminuiu 4,7%, de 1.228 euros para 1.170 euros, enquanto as componentes regular e base diminuíram ambas 4,9%.
A diferença entre o salário bruto e o salário real estava nos 74 euros no mesmo período do ano passado, mas o fosso está agora nos 183 euros, depois de ter ultrapassado a barreira dos 200 euros no mês passado.
Em relação a setembro do ano passado, os maiores aumentos salariais foram verificados no setor da educação (7,1%), nas empresas com um a quatro trabalhadores (6,6%), no setor privado (4,9%) e nas empresas de Serviços de alta tecnologia com forte intensidade de conhecimento (6,4%).