Para aliviar a pressão no Hospital Garcia de Orta (HGO), em Almada, começou a funcionar na última noite a pré-triagem de doentes nas ambulâncias.
Tal como aconteceu em Santa Maria, as filas com as viaturas de emergência começaram a crescer nos últimos dias. No domingo chegaram a estar entre 50 a 60 viaturas de emergência à espera.
Aos jornalistas, o diretor clínico Nuno Marques, diz que o hospital conta agora com a colaboração da Proteção civil, do INEM e dos centros de saúde da região.
“A grande dificuldade que temos tido - apesar de todo o investimento feito na criação de enfermarias - é a pressão assistencial, que é muita e rapidamente as vagas ficam preenchidas.”
De acordo com os números fornecidos por Nuno Marques, o HGO contava domingo 245 doentes internados, dos quais 27 em unidades de cuidados intensivos, e permanece no nível III do seu Plano de Contingência, mantendo a sobrelotação do Serviço de Urgência Geral, na vertente da área respiratória.
Por sua vez, o comandante regional da ANEPC, Elísio Oliveira, frisou a pressão atualmente existente sobre esta unidade hospitalar na margem Sul do rio Tejo, sublinhando que o dispositivo instalado é uma forma de garantir que os doentes que chegam às urgências "são avaliados e apenas seguem para a parte hospitalar aqueles que realmente carecem desse tipo de cuidados".
À Proteção Civil cabe aqui um papel de “articulação e coordenação de recursos” no sentido de assegurar a continuidade da capacidade de resposta a qualquer situação de emergência. Na área de pré-triagem estiveram hoje duas equipas constituídas por médico e enfermeiro do INEM, juntando-se a partir de segunda-feira uma terceira equipa proveniente do agrupamento de centros de saúde (ACES) de Almada-Seixal.
Em Portugal, morreram 12.482 pessoas dos 720.516 casos de infeção confirmados, de acordo com o último boletim da Direção-Geral da Saúde.