Os bancos antecipam uma "forte redução" da procura de créditos pelas famílias no segundo trimestre, sobretudo para a compra de habitação, por causa da pandemia.
A conclusão sai do inquérito sobre o mercado de crédito do Banco de Portugal.
Pelo contrário, as empresas deverão aumentar os pedidos de financiamento, o que será "transversal ao tipo de empresa e à duração do empréstimo".
Em comum terão o facto de serem sobretudo empréstimos de curto prazo. Esta tendência já foi visível nos primeiros três meses do ano, em que as empresas aumentaram os pedidos de crédito.
No entanto, os bancos não antecipam crédito fácil, antes pelo contrário. Enquanto no primeiro trimestre mantiveram alterados os critérios de concessão, para o segundo trimestre já antecipam mais rigor na concessão de empréstimos, com critérios ligeiramente mais restritivos. Esta alteração deverá abranger sobretudo as grandes empresas e os créditos de longo prazo, assim como as famílias.
Sobre as ajudas do Banco Central Europeu, através dos programas de compra de ativos, os bancos questionados dizem que nos últimos seis meses não sentiram o impacto desses programas na concessão de crédito, mas acreditam que no próximos seis meses contribuam "ligeiramente" para o crescimento do volume de crédito a empresas e famílias.