Com o apertar do cerco à capital da Ucrânia, "ganha relevo o papel insubstituível que a Igreja tem vindo a dar no apoio às vítimas da guerra", afirma a Fundação AIS em comunicado.
Durante um mês de guerra que hoje se completa, "têm sido muitos os sacerdotes, religiosas e bispos a trazer até ao mundo o grito de sofrimento de todo um povo que se viu, de um dia para o outro, a ter de lutar pela própria sobrevivência".
Um deles é o padre Mateusz Adamski que "tem estado quase em permanente ligação com a Fundação". Ele está em Kiev, na paróquia católica de Santo António.
A capital ucraniana "vive no sobressalto permanente de quem sabe que o ataque final pode estar a acontecer a qualquer momento".
Nos abrigos e nos improvisados 'bunkers', o padre Mateusz tem escutado todos os que se escondem para fugir da morte.
Ele diz que “as pessoas choram e lamentam muito".
E acrescenta que "muitas vezes, nada mais se pode fazer do que esperar".
E enquanto se espera, reza-se, diz o sacerdote. "Todos os dias rezamos juntos e adoramos Jesus no Santíssimo Sacramento", mas "por razões de segurança" não pode revelar o lugar exato onde se encontra.
O pároco da Igreja de Santo António de Kiev aproveita para agradecer "toda a ajuda e apoio que chega de todo o mundo e pelas palavras amáveis. Agradecemos a todos os que rezam por nós e contribuem com donativos para ajudar as necessidades da Ucrânia".