O Presidente da República lembra que durante o seu mandato as audiências com os partidos com assento parlamentar são trimestrais e que o Orçamento do Estado para 2017 é uma boa razão para os convocar.
Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas, num pavilhão de hóquei em patins em Genebra onde se encontrou com representantes da comunidade portuguesa, no início uma visita à Suíça.
Questionado sobre as audiências de quinta e sexta-feira, o Chefe de Estado respondeu que chamou os partidos com assento parlamentar "para os ouvir sobre o Orçamento do Estado e a situação política portuguesa".
"Eu de três em três meses ouço os partidos e agora há uma razão muito importante para os ouvir, que é o Orçamento e, por outro lado, o fecho do ano civil - no fundo, já estamos a dois meses a fim do ano. É boa razão para os ouvir", acrescentou.
O Presidente da República reiterou, contudo, que não vai comentar o conteúdo da proposta do Governo: "Vou esperar para me pronunciar sobre o Orçamento, como vos disse, depois do dia 29 de Novembro [data da votação final global no Parlamento]".
O Governo apresentou a proposta de Orçamento do Estado de 2017 que prevê um crescimento económico de 1,5%, um défice de 1,6% do Produto Interno Bruto (PIB), uma inflação de 1,5% e uma taxa de desemprego de 10,3%.
Para este ano, o executivo liderado por António Costa piorou as estimativas, esperando agora um crescimento económico de 1,2% e um défice orçamental de 2,4% do PIB.