O juiz Sérgio Moro, responsável por julgar a operação Lava Jato em primeira instância, adiou o depoimento de Lula da Silva num processo em que o ex-presidente do Brasil é acusado de beneficiar de obras como suborno.
"A fim de evitar a exploração eleitoral dos interrogatórios, seja qual for a perspetiva, reputo oportuno redesignar as audiências", escreveu Moro referindo-se a um depoimento de Lula da Silva que estava marcado para 11 de setembro.
O depoimento do ex-presidente foi remarcado para o dia 14 de novembro.
Neste processo, o antigo chefe de Estado brasileiro é acusado de ser proprietário oculto de uma casa de campo na cidade de Atibaia, onde supostamente as construtoras Odebrecht e OAS teriam gasto cerca de um milhão de reais (cerca de 230 mil euros) em obras, em troca de benefícios em seis contratos destas empresas com a estatal petrolífera Petrobras.
Lula da Silva, de 72 anos, está preso desde o dia 7 de abril, após ter sido condenado em duas instâncias da justiça brasileira num outro processo que se refere à propriedade de um apartamento de luxo na cidade do Guarujá, que o antigo presidente supostamente recebeu como suborno da OAS.