O braço armado do grupo palestiniano Hamas ameaça executar reféns em retaliação contra os bombardeamentos de Israel na Faixa de Gaza.
As Brigadas Al-Qassam dizem que vão “começar a executar civis israelitas em cativeiro em resposta a qualquer novo bombardeamento de Israel a habitações civis sem pré-aviso”.
O grupo palestiniano avisa que a responsabilidade está agora do lado das autoridades de Israel.
Numa mensagem publicada no Telegram, o porta-voz das Brigadas Al-Qassam, Abu Obaida, acusa as forças armadas hebraicas de matarem crianças, mulheres e idosos “nas suas casas”.
O Hamas lançou, no sábado, um ataque em larga escala a partir da Faixa de Gaza contra Israel.
O balanço de mortos em Israel na sequência da ofensiva lançada pelo Hamas subiu esta segunda-feira para 900.
Do lado palestiniano, de acordo com as autoridades em Gaza, estão confirmados 560 mortos, a par de 2.900 feridos, desde que Israel lançou a operação Espadas de Ferro em resposta aos ataques do Hamas por ar, terra e mar.
Entretanto, prosseguem também os bombardeamentos da Faixa de Gaza, horas depois de o chefe das Forças de Defesa de Israel (IDF) ter anunciado um "cerco total" ao enclave palestiniano, que está sob controlo do Hamas e sob bloqueio económico de Israel desde 2007.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, admite estar profundamente “perturbado” com o anúncio de Israel, que diz que irá fechar totalmente o acesso à Faixa de Gaza.
Numa declaração rápida, de pouco mais de cinco minutos, António Guterres falou pela primeira vez deste o início do conflito. O alto responsável da ONU lembra que a “situação humanitária em Gaza já era muito crítica”, antes do ataque de sábado do Hamas contra Israel, e que tenderá a piorar com o confinamento decretado.