Desde o dia 8 de novembro, foram confirmados 37 casos de sarampo na região de Lisboa e Vale do Tejo e na Madeira. Sete são em crianças, avança a Direção-Geral da Saúde nesta sexta-feira.
Os números foram recolhidos até às 16h00 de quinta-feira e confirmados pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA). Foram ainda notificados 46 casos cujo resultado foi negativo.
Os casos confirmados configuram a existência de três surtos distintos, refere o comunicado da DGS:
- Cascais (24 casos confirmados, com origem num caso importado da Ucrânia)
- Madeira (três casos confirmados).
- Oeiras (cinco casos confirmados, com origem num caso importado da República Checa)
"Neste período foram ainda confirmados cinco casos isolados, sem ligação epidemiológica conhecida aos referidos surtos e que estão a ser investigados", refere a DGS.
A Direção-Geral da Saúde lembra que o vírus do sarampo é transmitido por contacto direto com as gotículas infecciosas ou por propagação no ar quando a pessoa infetada tosse ou espirra, sendo os doentes considerados contagiosos desde quatro dias antes até quatro dias depois do aparecimento da erupção cutânea.
Os sintomas de sarampo aparecem geralmente entre 10 e 12 dias depois da pessoa ser infetada e começam habitualmente com febre, erupção cutânea (progride da cabeça para o tronco e para as extremidades inferiores), tosse, conjuntivite e corrimento nasal.
A DGS e a rede de Autoridades de Saúde, em colaboração com o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge e com os profissionais de saúde, estão a acompanhar a evolução da situação de acordo com o previsto no Programa Nacional da Eliminação do Sarampo, adianta o comunicado.
À disposição dos utentes para esclarecer dúvidas está a linha SNS 24 (808 24 24 24), sendo recomendada a vacinação contra esta que é uma das doenças infecciosas mais contagiosas.
Segundo um relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgado no final de novembro, os casos de sarampo reportados em todo o mundo aumentaram em 2017, provocando 110 mil mortes, uma vez que vários países registaram surtos graves e prolongados da doença.