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O Presidente francês expressou esta terça-feira a sua solidariedade com a Bélgica e disponibilizou os meios necessários para ajudar o país vizinho. Insistiu ainda ser necessário lutar contra o terrorismo com mais e melhor cooperação.
François Hollande apelou à unidade europeia e internacional e avisou que, sem segurança, sem derrota do terrorismo, não há investimento duradouro nem crescimento económico.
“A guerra contra o terrorismo tem de ser travada por toda a Europa e com os meios necessários, nomeadamente em matéria de cooperação. É preciso que as decisões já tomadas sejam efectivamente postas em prática”, afirmou numa conferência de imprensa de reacção aos atentados desta manhã em Bruxelas.
“Temos mais do que nunca de garantir a nossa unidade. Falo da unidade no plano europeu, posso falar na unidade internacional entre os países que lutam contra o terrorismo, mas a unidade mais indispensável é a unidade nacional”, sublinhou.
Esta acção conjunta deve ser desenvolvida “com a toda a vigilância necessária”. “Temos de agir no plano internacional. É o que fez a França no quadro de uma coligação na Síria e no Iraque, é o que a França fez em África, mas é também preciso que cada país se comprometa de forma mais consciente”.
Hollande avisa ainda que “esta guerra contra o terrorismo será longa”, pelo que “tem de ser travada com lucidez e determinação”.
Com o terrorismo, “não há desenvolvimento económico” e “não há investimento duradouro se não houver segurança”, avisa ainda o Presidente francês, reforçando a necessidade de lucidez nas medidas tomadas pelos que lutam contra o terror.
Após os atentados desta terça-feira de manhã em Bruxelas, François Hollande convocou uma reunião de emergência do Governo, com especial destaque para o primeiro-ministro, Manuel Valls, o ministro da Administração Interna, Bernard Cazeneuve, e o ministro da Defesa, Jean-Yves Le Drian.
O aeroporto internacional de Bruxelas foi palco de duas fortes explosões na zona das partidas. As últimas indicações dão conta de entre 11 e 14 vítimas mortais e 81 feridos.
Cerca de uma hora depois, uma outra explosão atingiu a estação de metro de Maelbeek, que serve o quarteirão das instituições europeias. Aqui, o balanço é de 20 mortos e 55 feridos.
As explosões ocorrem quatro dias depois da detenção, em Bruxelas, do principal suspeito dos ataques de Novembro em Paris, Salah Abdeslam, de 26 anos, depois de quatro meses em fuga.
A sua detenção permitiu identificar um novo suspeito: Najim Laachraoui, de 24 anos, mais conhecido pelo nome falso de Sufiane Kayal.
Desde então, a polícia belga tem estado mais alerta para eventuais represálias.