O presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Isaltino Morais, deixou esta quarta-feira rasgados elogios ao Governo de António Costa e disse temer que o país acorde pior após as eleições legislativas de 10 de março do próximo ano.
O anúncio foi feito durante a assinatura de um protocolo para a construção de 770 casas na antiga Estação Radionaval de Algés, com o objetivo de a tornar em habitações de renda acessível, em parceria com o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), num investimento de 185 milhões de euros.
“Sou independente, sem filiação partidária, livre de amarras político-partidárias. Mas sou, sobretudo, atento aos nossos dias, à vida das pessoas, aos seus anseios e desejos. Não sei que país acordará depois de 10 de março, mas tenho sérias dúvidas que o país, em matéria de habitação, amanheça melhor do que sua excelência entregará no dia anterior”, afirmou Isaltino Morais.
O autarca elogiou o governo de António Costa, considerando que o executivo voltou a ter nas autarquias “parceiros para transformações sociais”, como na habitação pública.
As obras na antiga Estação Radionaval de Algés, com uma área total da propriedade de 322.836,60 metros quadrados, estão previstas arrancar no próximo ano e "estarão terminadas até março de 2026", de acordo com o município.
O projeto de construção de mais casas para disponibilizar no programa de Renda Acessível, com "um investimento total de 185 milhões de euros", prevê também a criação de "um parque urbano com 12 hectares" e a possibilidade de ali serem instalados equipamentos de utilização pública.
Neste momento, o município tem em curso um plano de requalificação de 19 bairros municipais, que prevê intervenções em 410 edifícios e 3.131 casas, num investimento total de 77 milhões de euros, para "melhorar as condições de conforto e desempenho energético dos edifícios e no espaço público", de acordo com a autarquia.
No âmbito do Arrendamento Apoiado, Oeiras prevê a "construção de 746 casas até 2026, num total de 12 empreendimentos distribuídos por quatro freguesias, o que consistirá num investimento global previsto de 130 milhões de euros", do qual 115 milhões são financiamento do PRR e 15 milhões são do município.
Destas 746 habitações, há 92 casas que se estimam prontas até 2024, indicou o município.