A Polícia Marítima intercetou uma embarcação próximo da entrada da barra da Culatra, em Olhão. A bordo seguiam 11 imigrantes ilegais, mas três tiveram de receber assistência no Hospital de Faro.
Segundo o capitão André Cardoso de Morais, os jovens disseram ser do Norte de Marrocos e têm entre 21 e 30 anos.
O barco, que só tinha a bordo alguns mantimentos e combustível, foi intercetado cerca das 4h30.
Os jovens, que não tentaram fugir, foram encaminhados para a capitania de Olhão e aguardam a chegada de elementos do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).
O comandante do porto de Olhão explicou ainda que três homens foram encaminhados para o Hospital de Faro “para despistar eventuais problemas de saúde”, pois apresentavam dores abdominais.
“A embarcação suspeita era de reduzida dimensão, do tipo ‘boca aberta’, de madeira e motor fora de bordo, tendo a Polícia Marítima efetuado o seu acompanhamento até ao porto de Olhão, onde atracou em segurança”, pode ler-se na nota da Autoridade Marítima Nacional.
Os imigrantes ilegais que seguiam na embarcação não têm documentos e vão ser ouvidos por um intérprete do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), disse fonte deste organismo à agência Lusa.
Os 11 homens falam "muito pouco francês" e que só depois de o SEF avaliar toda a situação destas pessoas é que será tomada uma decisão.
É o terceiro caso no Algarve. A última situação aconteceu em dezembro de 2019, quando oito jovens (entre os 16 e os 20 anos) desembarcaram numa praia de Monte Gordo.
Em dezembro de 2007, as autoridades também detetaram um grupo de 19 imigrantes alegadamente provenientes de Marrocos na ria Formosa, junto a Olhão, naquele que foi o primeiro incidente do género registado na costa portuguesa.