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Portugal aproxima-se do momento de mudar políticas em relação à pandemia, atendendo à percentagem de população vacinada, disse hoje a ministra Mariana Vieira da Silva, depois de questionada sobre a possibilidade de reabrirem as discotecas.
"O Governo sempre disse que o momento em que uma percentagem muito significativa da sua população tivesse duas doses de vacina seria um momento de mudança de políticas. Aproximamo-nos desse momento. É tempo também de ouvir os especialistas e depois de tomar as decisões", afirmou a ministra da Presidência, na conferência de imprensa que se seguiu ao Conselho de Ministros, em Lisboa.
Mariana Vieira da Silva tinha sido questionada sobre a possibilidade de na próxima semana, após a reunião do Infarmed de 27 de julho, em Lisboa, que junta especialistas e políticos para analisar a evolução da pandemia, o Governo decidir a reabertura dos espaços de diversão noturna, que estão encerrados permanentemente desde março de 2020.
A ministra da Presidência do Conselho de Ministros realçou, porém, que as eventuais decisões do Governo só serão tomadas e anunciadas após essa reunião da próxima semana, não tendo sentido antecipá-las hoje.
"Hoje o Governo não tomou nenhumas novas decisões", frisou.
Ainda em resposta à questão das discotecas, Mariana Vieira da Silva afirmou que aquilo que está em causa é o eventual alargamento da regra de apresentação do certificado de vacinação contra a covid-19 para aceder a alguns espaços, permitindo assim o funcionamento de diversas atividades.
Segundo a ministra, Portugal tem neste momento 47% da população vacinada com as duas doses há pelo menos 14 dias, momento a partir do qual se considera que a imunização com a vacina está completa e é possível obter um certificado válido.
"O nosso esforço neste momento é o de aumentar a vacinação para nos prepararmos para uma outra fase, que não será de total normalidade, mas que poderá ser diferente daquela que vivemos", afirmou.
"Queria chamar a atenção para o facto de que, apesar de ainda estarmos a crescer no total nacional, temos, por exemplo, a região de Lisboa e Vale do Tejo e a região dos Açores já fora de uma trajetória crescente e isso é também o sinal de que é possível inverter este caminho, e é isso que procuramos fazer", acrescentou.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 4.128.543 mortos em todo o mundo, entre mais de 191,9 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente da agência France-Presse.
Em Portugal, desde o início da pandemia, em março de 2020, morreram 17.248 pessoas e foram registados 943.244 casos de infeção, segundo a Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil e Peru.