A ministra da Defesa, Helena Carreiras, assumiu esta terça-feira ter todas as condições para prestar os necessários esclarecimentos perante os deputados sobre a operação Tempestade Perfeita.
A governante vai ser ouvida no Parlamento na sexta-feira. Em causa está o caso que envolve o ex-secretário de Estado Marco Capitão Ferreira, arguido na operação.
Na última hora, em declarações à CNN Portugal, Helena Carreiras disse, ainda, ser necessário dar espaço à Justiça para fazer o seu trabalho.
“Com certeza que tenho todas as condições para explicar aquilo que for necessário explicar”, garantiu.
Na visão da ministra da Defesa, o mais importante “é mesmo, por um lado, dar o espaço à Justiça que a Justiça tem de ter, não desvalorizar o facto de que a Justiça tem de trabalhar com serenidade e com rigor, mas também chamar a atenção para aquilo que já vimos fazendo, do ponto de vista de iniciativas que visam prevenir a corrupção”.
Helena Carreiras, tal como o seu antecessor, João Gomes Cravinho, vai ser ouvida na sexta-feira, às 15h, no Parlamento.
O ex-governante Marco Capitão Ferreira é suspeito dos crimes de corrupção e participação económica em negócio e invocou a sua condição de arguido, já depois da sua demissão, para cancelar uma audição parlamentar.
Entre os “factos vindos a público” sobre os quais os deputados querem esclarecimentos da ministra da Defesa e do ex-titular da pasta, atual ministro dos Negócios Estrangeiros, estão notícias do Expresso que revelam que Marco Capitão Ferreira realizou um contrato de assessoria em 2019 com a Direção-Geral de Recursos da Defesa Nacional, sem, alegadamente, ter prestado esse serviço.