As ligações fluviais no rio Tejo vão ser bastante afetadas ao longo de toda esta quinta-feira, mas sobretudo nas horas de ponta da manhã e do fim da tarde e noite. Tudo por causa da greve dos trabalhadores da Soflusa e Transtejo. Três horas em cada turno, que têm impacto ao longo do dia.
O Tribunal Arbitral definiu serviços mínimos, mas apenas para as ligações entre o Barreiro e o Terreiro do Paço e Cacilhas-Cais do Sodré: a primeira carreira em cada sentido, por volta das 5h00.
Depois o tráfego fluvial é interrompido na altura em que costuma haver maior procura dos passageiros. Retoma a seguir às 9h30 nuns casos ou já depois das 11h30, no caso de Barreiro e mantém-se até por voltas 16h00. A greve por turnos obriga a nova interrupção que apanha o fim da tarde e noite, novamente em hora de ponta.
A greve é convocada por todos os sindicatos da Soflusa e Transtejo, que exigem aumentos salariais. Desta vez, o alvo dos protestos não é a Administração, a quem reconhecem vontade de negociar, mas sim o governo e muito particularmente o ministro das Finanças. As organizações sindicais acusam João Leão de não autorizar a empresa a apresentar qualquer proposta de aumento salarial.
E se como preveem, a Transtejo/Soflusa não der algum sinal que permita a negociação, os sindicatos apresentam novo pré-aviso de greve para o início de junho, mas de dois dias.
Esta quinta-feira marca o princípio de uma semana de greves no setor dos transportes. No dia 24 são os trabalhadores da Scotturb (autocarros que operam nos concelhos de Oeiras, Sintra e Cascais) que param. No dia seguinte – 25 de maio – há greve do Metro de Lisboa durante a manhã e finalmente, para dia 27, os sindicatos convocaram uma greve de 24 horas na CP.
Em qualquer dos casos, as reivindicações salariais são o principal motivo para as greves.
Consulte aqui os horários em que estão previstas carreiras.
Só os serviços ligados à saúde ficam de fora da greve da Função Pública convocada pelos sindicatos da CGTP. Uma paralisação que pode ter impacto em muitos serviços, desde repartições a tribunais, passando por transportes municipais, serviços de limpeza e também escolas.
Com este protesto, a Frente Comum reivindica a valorização dos salários e das carreiras, exigindo 90 euros de aumento para todos os trabalhadores. São propostas que já foram apresentadas ao Governo, mas o sindicalista Sebastião Santana diz que as reuniões com a equipa da ministra Alexandra Leitão servem apenas para cumprir "calendário".