Internamentos são "preocupantes" mas estão longe das linhas vermelhas
19-06-2021 - 14:30
 • Lusa

Secretário de Estado assume que o Ministério da Saúde está "de prevenção", quer em termos de enfermarias, quer em termos de unidades de cuidados intensivos na região de Lisboa.

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O secretário de Estado Adjunto e da Saúde assume que o aumento do número de internamentos por Covid-19 é uma "situação preocupante", embora o país ainda esteja "longe das linhas vermelhas".

"O número de internamentos é sempre, obviamente, uma situação preocupante muito embora ainda estejamos longe das linhas vermelhas", referiu António Lacerda Sales à margem do encerramento AQUAFORUM - Fórum Europeu de Investigação, Inovação e Valorização da Água Mineral Natural, a decorrer em Chaves, no distrito de Vila Real.

O governante salientou que o Ministério da Saúde está "de prevenção", quer em termos de enfermarias, quer em termos de unidades de cuidados intensivos na região de Lisboa, onde se concentram grande parte dos casos atuais reportado.

"Se de facto aumentarem os números a níveis que tenhamos que ativar essas camas de enfermaria e de cuidados intensivos, obviamente que assim o faremos", garantiu.

Lisboa e Vale do Tejo pode ultrapassar 240 casos de infeção com o novo coronavírus por 100 mil habitantes em 15 dias e a variante Delta deve sobrepor-se nas próximas semanas, narra a análise de risco da pandemia.

"O Rt (índice de transmissibilidade do vírus) apresenta valores superiores a 1 ao nível nacional (1,14) e em todas as regiões de saúde, sugerindo uma tendência crescente. Esta tendência crescente é mais acentuada na região de Lisboa e Vale do Tejo, que apresenta um Rt de 1,20", adianta o relatório das "linhas vermelhas" da pandemia de covid-19 divulgado na sexta-feira.

Segundo o documento da Direção-Geral da Saúde (DGS) e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), mantendo-se este ritmo de crescimento de infeções, o tempo para atingir a taxa de incidência acumulada a 14 dias de 120 casos por 100 mil habitantes será inferior a 15 dias a nível nacional e no Algarve.

Em Portugal, morreram 17.062 pessoas dos 864.109 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.