A ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato, lamentou esta segunda-feira a morte da investigadora Raquel Seruca, destacando o seu percurso profissional "nacional e internacionalmente" na área da genética do cancro gástrico.
Em comunicado, a ministra lamenta "a morte prematura" da investigadora que faleceu hoje aos 59 anos, de doença oncológica.
"Raquel Seruca distinguiu-se, nacional e internacionalmente, na área da genética do cancro gástrico, tendo sido considerada especialista mundial em invasão das células cancerígenas, em particular no cancro gástrico e no cancro do cólon", observa a tutela.
Destacando o seu percurso pelo Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S) da Universidade do Porto, bem como pelo Instituto de Patologia e Imunologia Molecular (Ipatimup), a ministra lembra também as distinções e prémios que a investigadora recebeu, como a insígnia de Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique pela investigação na área do cancro do estômago e a Medalha de Ouro de Mérito Científico atribuída pela Câmara Municipal do Porto.
Também o Presidente da República lamentou hoje a morte da investigadora Raquel Seruca, elogiando o seu "notável trabalho" no estudo do cancro gástrico e recordando-a como "uma mente brilhante" que "inspirou uma geração de cientistas na área".
Raquel Seruca morreu hoje, aos 59 anos, de doença oncológica, informou a Universidade do Porto, onde era professora e investigadora.
Nascida na cidade do Porto em 9 de junho de 1962, Raquel Seruca licenciou-se pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto em 1986 e doutorou-se em 1995 pela mesma universidade. Foi bolseira de investigação no Departamento de Genética Humana da Universidade de Groningen, Países Baixos, em 1998.
Foi investigadora no Ipatimup e no i3S, onde liderou um grupo de investigação dedicado ao estudo do cancro gástrico.
O funeral de Raquel Seruca será na terça-feira, pelas 15h00, a partir da Igreja de Cedofeita, no Porto.