A comissão de Saúde aprovou esta quarta-feira, por unanimidade, a audição da ministra da Saúde, Marta Temido, e do Conselho Diretivo da ADSE sobre “a ameaça” de interrupção da prestação de cuidados de saúde a beneficiários do subsistema, segundo o BE.
A audição foi pedida por requerimento do Bloco de Esquerda (BE) que pretende ouvir a ministra da Saúde, Marta Temido, o Conselho Diretivo da ADSE e o Conselho Geral e de Supervisão da ADSE sobre “a chantagem dos hospitais privados e ameaça de interrupção da prestação de cuidados de saúde a beneficiários do subsistema”.
“Os principais grupos económicos a operar na área da saúde em Portugal ameaçaram acabar com os acordos que têm com a ADSE, obrigando os beneficiários do subsistema a pagar, à cabeça, a totalidade dos cuidados de saúde prestados nos hospitais privados”, refere o BE.
“Estes são os mesmos grupos económicos – Luz Saúde, José Mello Saúde, Lusíadas, Trofa e Hospital Privado do Algarve – que entre 2015 e 2016 sobrefaturaram, indevida e abusivamente, 38,8 milhões de euros à ADSE”, acrescenta.
Em causa está a eventual suspensão das convenções com a ADSE por parte de vários grupos privados de saúde, entre os quais o grupo José Mello Saúde (que gere os hospitais CUF) e a Luz Saúde.
Na comissão de Saúde de hoje foi ainda aprovado, por unanimidade, o requerimento do Bloco de Esquerda para uma audição de responsáveis da Autoridade do Medicamento (Infarmed) sobre ruturas de medicamentos em farmácias.