O primeiro-ministro considerou esta terça-feira insultuosas as acusações proferidas pelo presidente do PSD sobre a escolha do professor universitário Pedro Adão e Silva para comissário executivo das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril.
Numa publicação na sua conta oficial na rede social Twitter, Rui Rio escreveu que a escolha de Pedro Adão e Silva para liderar a comissão executiva das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril é uma "compensação" do PS pelos comentários feitos nos media.
"O PS tem os seus `comentadores independentes´ espalhados pelos diversos canais para vender a propaganda socialista e tentar destruir os adversários ... mas esse trabalhinho tem um preço. Chegou a vez de Pedro Adão e Silva receber a compensação. Pagamos nós; com os nossos impostos", criticou Rui Rio.
Confrontado pela agência Lusa com esta posição do líder social-democrata, António Costa respondeu: "É uma declaração tão insultuosa que, por uma questão de respeito com o líder da oposição, me exige que a ignore".
Pedro Adão e Silva foi membro do Secretariado Nacional do PS entre 2002 e 2004, sob a liderança de Ferro Rodrigues, e abandonou logo depois a vida partidária.
Em 27 de maio, o Conselho de Ministros aprovou a criação de uma estrutura de missão para organizar as comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, que se assinala em 2024, nomeando Pedro Adão e Silva como comissário executivo.
Pedro Adão Silva é professor auxiliar do departamento de ciência política e políticas públicas no ISCTE, diretor do Doutoramento em Políticas Públicas da mesma instituição e comentador em vários órgãos de comunicação social, como a TSF, RTP ou o Expresso.
A par da estrutura de missão vai funcionar, junto da Presidência da República, uma Comissão Nacional, presidida pelo antigo Presidente da República Ramalho Eanes, que terá a responsabilidade de "aprovar o programa oficial das comemorações e os relatórios de atividades".